Empresa fechou 2018 acima de R$ 100 bilhões em patrimônio líquido. Em 2009, o mercado de FIDCs (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) era pouco conhecido no Brasil. Dez anos depois, deu um salto no volume de operações e encerrou 2018 acima de R$ 100 bilhões em patrimônio líquido pela primeira vez. O crescimento também impulsionou empresas que atuam no setor, como a Fromtis.
Líder em softwares e serviços para este segmento, a companhia completa dez anos e já projeta seus próximos passos. A meta é ampliar a base de clientes e, principalmente, expandir o portfólio de produtos e serviços para o mercado financeiro, atendendo nichos específicos e oferecendo ferramentas como gestão de recebíveis, precificação, contábil, projeção financeira, entre outros.
Atualmente, a companhia cresce cerca de 25% ao ano e detém em torno de 80% dos clientes do mercado que usam sistemas de gestão de FIDC terceirizado. Dessa forma, 70% dos recebíveis Multicedente/Multissacado do mercado brasileiro passam pela infraestrutura tecnológica da empresa.
“Não foi só a tecnologia financeira que evoluiu. O fortalecimento da indústria também passa pela consolidação do mercado de securitização, amadurecimento dos players, seja na parte custodiante, na administração ou na gestão, e a participação ativa do órgão regulador”, explica Edmar Pizzardo, diretor comercial da Fromtis.
Em agosto de 2009, a Fromtis foi inaugurada para atender uma demanda dos fundos FIDC. Na época, existia uma carência de softwares para atender este tipo de produto. Milton Bressa e Edmar Pissardo, que já atuavam no mercado financeiro, criaram a companhia para ocupar este espaço e oferecer soluções tecnológicas.
A trajetória de crescimento, contudo, não foi fácil. O primeiro desafio foi manter as contas em dia. A Fromtis foi constituída com recursos próprios e não recebeu aporte externo para o desenvolvimento dos sistemas e projetos. A situação foi normalizada com a chegada de novos clientes ao longo do tempo.
Além disso, precisou acompanhar a própria consolidação do mercado de FIDCs. Há 10 anos, este tipo de fundo era novo e não havia informações disponíveis. Era necessário conhecer as necessidades que os clientes tinham para, a partir daí, oferecer soluções que realmente agregassem valor.
“Não existe fórmula mágica para uma empresa se consolidar em um mercado tão competitivo como o financeiro. Entretanto, se você cumprir algumas etapas, como demonstrar conhecimento do produto e do mercado, saber a necessidade dos clientes, estar em constante atualização tecnológica e ter qualidade no atendimento, a evolução é natural”, conclui Pizzardo.